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A visita de estudo à Alfândega do Porto “Museu das Comunicações”

Posted by Pedro Abreu on sábado, março 14, 2009 in ,
Nove e meia da manhã. Estávamos nós, formandos do curso de Recepcionista de Hotel, a entrar para o miniautocarro, estacionado na Central de Camionagem de Esposende, que nos iria levar para a nossa visita. Estávamos todos entusiasmados. Iniciada a viagem dava-se, também, inicio à habitual animação matinal. Que normalmente, no dia-a-dia, se prolonga até à chegada das cinco da tarde, hora esta em que toda a gente vai para casa. Este grupo é simplesmente fabuloso! Apesar de tudo, nesse dia algumas preocupações deixavam-me nervoso.
Chegamos ao Porto por volta das dez e um quarto. Após uma breve caminhada, entramos no local da nossa visita. No hall haviam duas mesas, situadas em paredes opostas. Estavam repletas de panfletos, flyers, agendas culturais de várias cidades. Achei engraçado encontrar um panfleto do Centro Cultural Vila-Flor, que se situa na minha terra, Guimarães.
Depois de uma vista de olhos por aquelas mesas, dirigi-me ao segurança. Estava na altura de aliviar a minha tensão com a resolução de um dos problemas que me estavam a chatear:
- Existe aqui uma caixa Multibanco?
A resposta foi positiva e a caixa estava a meia dúzia de passos de nós. Fui então verificar se a bolsa já teria entrado na conta e voilá! Menos uma preocupação! Já não era sem tempo!
Fui, então, ao encontro dos meus colegas. Estes, esfomeados, já faziam fila no caixa do bar para serem atendidos por uma menina, que se fosse um pouco mais simpática não era favor nenhum. O bar tinha um aspecto rústico, pouco agradável a meu ver.
Cumprida a cerimónia do café com o bolo de arroz, o grupo foi chamado para iniciar a visita propriamente dita. A guia, depois de nos presentear com uma palestra, conduziu-nos até um espaço amplo. Espaço este semelhante a um armazém. Ao meio e em paredes opostas, situavam-se duas grandes salas fechadas, ambas adornadas com grandes portas de vidro. Na fachada de uma delas haviam várias televisões embutidas que transmitiam imagens de pessoas. Parecia que elas é que estavam a ver-nos na televisão. Esta sala era o estúdio de televisão.
Abriram-se as portas do estúdio. Entrar ali, foi como entrar num outro mundo. Holofotes e câmaras estavam apontados a três cadeirões. No lado oposto, um compartimento vidrado, a régie, albergava uma serie de equipamentos: monitores, mesa de mistura, computador, etc.
Este foi o palco para uma serie de entrevistas preparadas por nós, em grupos de três pessoas. Ficou decidido que, no estúdio de televisão, iriam entrar em acção três dos cinco grupos.
O meu foi um dos 3 grupos escolhidos. Este facto veio perturbar o meu fascínio por aquele espaço. Em lugar de admiração, pairava em mim um misto de preocupação e nervosismo. Eu, o Paulo e a Carla decidimos actuar de improviso. Estes meus colegas criaram as suas personagens: um russo e uma brasileira. O tema era relacionado com a imigração/emigração e choques culturais. Eu, como entrevistador só teria de saber que perguntas fazer, pois tinha a certeza que os meus colegas iam conseguir responder a qualquer questão que lhes fizesse.
Fomos o último grupo a entrar em campo. Antes, tive a oportunidade de observar e anotar alguns dos erros que iam sendo cometidos aquando as performances dos outros dois grupos. Ao mesmo tempo fui-me lembrando de quando voltei, do Luxemburgo, para Portugal e das perguntas que me fizeram na altura. Apercebi-me que já tinha tudo o que precisava.

Chegou a vez de o meu grupo actuar. Posicionamo-nos no cenário e eu, depois de um breve ensaio, iniciei ao programa:
- Bom dia pessoal…

Comecei assim a entrevista, num estilo mais descontraído, até que teimei em dizer “redizem” em vez de “residem”. Tentei continuar sem dar grande importância à gralha e a entrevista correu lindamente até ao fim. O Paulo, na sua versão russa, foi fenomenal e a Carla foi mesmo uma brasileira durante aqueles cinco minutos. Eu tive o meu momento de glória ao finalizar a entrevista com um “…e acabou!” continuando com uma gargalhada e a horrorífica visão da caverna dentária.

As actividades no estúdio de televisão foram finalizadas com a captação de imagens do grupo todo e com a gravação, num DVD, de tudo o que ali foi feito.
De seguida, dirigimo-nos à estação de rádio. Esta, como o estúdio de televisão, tinha também grandes portas de vidro. Uma vez dentro, deparamo-nos com um grande mesa redonda com vários auscultadores e dois microfones em cima. Na parede oposta à das paredes portas de vidro e encostada à mesa redonda, estava o, obsoleto mas funcional, equipamento de emissão e locução, um gira discos, leitores de CD e de cassetes e um REVOX (equipamento áudio, que faz os registos em grandes bobines de fita). Haviam, também, vários álbuns em vinil e em CD. Fizemos as selecções de música e com a orientação da nossa guia, os grupos que não fizeram as entrevistas no estúdio de televisão, deram inicio às mesmas. No final a guia sentou-se aos comandos da estação, para nos fazer a todos algumas perguntas relacionadas com o tema das entrevistas.

Depois de finalizadas as actividades na rádio, fomos convidados a regressar ao passado. A comunicação através dos tempos. Começamos a viagem no inicio do século XX e através de vários cenários, fomos tendo a noção da evolução e das suas repercussões. Com a evolução da tecnologia assiste-se a um dissipar das relações pessoais, até mesmo no seio de uma família. É gritante a diferença do 1º cenário para o último. Onde no 1º se vê uma família junta perto de um rádio, ao passo que no 2º se vê uma família à mesa, a jantar, com o pai a ver futebol, a mãe ao telemóvel, a filha no portátil e o filho a ouvir mp3. A tecnologia nos meios de comunicação faz com que os que estejam longe fiquem mais perto e os que estão perto fiquem mais longe.

Concluímos a visita com um almoço num restaurante perto do museu. Onde claro, não faltou a animação característica do grupo.


Definitivamente estivemos...

O regresso a Esposende, já foi um pouco mais calmo, apesar da condução do motorista, que parecia estar a meter medo a alguns passageiros.

E assim foi a nossa visita ao Museu das Comunicações.

1 Comments


Hallo meine Kinder :)

Sehr gute Arbeit. Paulo spricht sehr gut Russisch und Carla Brasilänisch! Der Moderator ist auch super!!!

Gratuliere ;)

Küsseeeeeee

eure lieblings Deutsch Lehrerin
Elisabete :)

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